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Foto do escritorThais Zanchettin

A celebrante de casamento que se transforma em palavras de amor


Gosto mais do título de ghostwriter de sentimentos do que do de celebrante. Primeiramente, porque traduz melhor a essência do meu trabalho – ajudar as pessoas a falar de amor (seja carta de amor, sejam votos, seja um roteiro de casamento). Mas também porque sempre preferi a discrição aos holofotes – quem me conhece há mais tempo é testemunha disso.


E esse traço aparece também quando estou ali no altar conduzindo a cerimônia: é minha voz, o meu olhar, os meus gestos que se veem, mas o mais importante sempre é a história de amor que estou contando. Certa vez, ao questionar o casal se haveria juiz de paz durante a cerimônia, os noivos disseram prontamente: “não, você será a estrela principal”, ao que imediatamente os corrigi: “não, vocês é que são”.


Acho importante a sobriedade da roupa, a sensibilidade de deixar o altar exclusivamente para os noivos durante a troca de votos (os fotógrafos que já trabalharam comigo sabem dessa minha preocupação em criar o cenário perfeito para as melhores fotos dos noivos).


Gosto da sensação de deixar minhas palavras, sim, marcadas nas pessoas, e de minha imagem ser um breve visão. Na foto, um registro lindo do William Nihues, em que estou conferindo os últimos detalhes antes de subir ao altar para virar palavras de amor.

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